CEAMPS APRESENTA COMUNICAÇÕES NOS 50 ANOS DO CPAE

 

A convite do Centro de Psicologia Aplicada do Exército (CPAE), o CEAMPS esteve representado pelo Dr. António Correia e o Dr. Carlos Anunciação, na participação do seminário comemorativo dos 50 anos do CPAE, na Academia Militar, cuja temática: "A Psicologia Militar no contexto das operações Militares: A Guerra Colonial e as Forças Nacionais Destacadas".

O Dr. Carlos Anunciação é Mestre em Psicologia e Psicólogo no HMP. Colaborador e investigador convidado do CEAMPS da Liga dos Combatentes. P articipou na Mesa 2 – Consequência Psicológicas da Guerra Colonial Portuguesa – Perturbações Secundárias, com o tema: “ Coping  e Stress Traumático em Combatentes ”. Nesta apresentação, o autor caracteriza as estratégias de Coping que são mais frequentes em combatentes com a Perturbação de Stress Pós Traumático. Combatentes de diferentes teatros, desde a guerra do Vietname, passando pela guerra Israelo-àrabe, as guerras do Golfo e a Guerra Colonial Portuguesa, apresentam semelhanças quanto às estratégias de Coping quando sofrem de PTSD.

O Dr. António Correia é  Mestre e Doutorando em Psicologia. É Coordenador do CEAMPS e Psicólogo Clínico no CAMPS da Liga dos Combatentes em Lisboa. É investigador do Centro de Investigação em Psicologia da UAL. P articipou na Mesa 3 – A Psicologia Militar às Forças Nacionais Destacadas, com o tema: “O envolvimento dos militares nas operações de paz e reconstrução pós-conflito – a dimensão psicossocial”. Nesta apresentação, o autor aborda a dimensão psicossocial, tendo em conta os factores e as condicionantes da participação dos militares em dois contextos de grande complexidade (Iraque e Afeganistão), envolvidos de grande “polémica” na legitimidade e/ou legalidade da sua intervenção. Neste âmbito analisou as diferenças entre os dois grupos: militares do Subagrupamento Alfa da GNR que participaram em 2003 e 2004 no conflito do Iraque, em Nassíria e militares da Força Aérea que participaram no conflito do Afeganistão no âmbito da NATO/ISAF (Força Internacional de Assistência e Segurança) em Kabul, entre 2001 e 2005, ao nível dos factores psicossociais, que poderão afectar o envolvimento dos militares nas missões, nomeadamente: Stress Psicológico e Stress Pós-Traumático, Percepção, Estratégias de Coping e Auto-estima. Os resultados indicam algumas diferenças significativas entre os grupos, no tipo de estratégias utilizadas quando se confrontam com situações difíceis, com o grupo dos militares que participaram na missão no Afeganistão a utilizarem estratégicas mais adaptativas e um melhor ajustamento às situações adversas. Os resultados permitiram também identificar sintomatologia associada ao Stress Pós-Traumático o que poderá ser um indicador de possível prevalência de PTSD nos combatentes das missões de paz, porém não apresenta conclusões consistentes e com a confiança que seria desejável.